
Com o fim de anos de disputas judiciais familiares entre os Saad, a Band anunciou ontem a largada rumo a uma "nova era". "Revolução" e "nova era" eram duas expressões muito usadas no evento de lançamento da nova programação, ontem, em São Paulo.Na verdade, a revolução já começa boicotada pela própria casa. Isso porque o grande tabu da programação e alvo de críticas externas continuará firme e forte no horário nobre da Band: os programas religiosos do pastor R.R.Soares ficaram intactos na nova grade.Assim como a Record, a Band não pode ou não quer abrir mão do rico dinheiro que o religioso Soares paga para "alugar" a grade da emissora.O objetivo do investimento --especula-se em R$ 15 milhões somente este ano-- é tentar levar a Band a um patamar acima na audiência. Ela hoje é a quarta emissora do país em ibope. A meta seria brigar pelo embolado segundo e terceiro lugares, onde hoje se engalfinham SBT e Record. E, claro, também se afastar ainda mais no ranking da Rede TV, a quinta colocada.É justamente esse o filão que a Band quer morder. Ela não vai de forma alguma disputar nada com a Globo. O que interessa é tirar espectadores do SBT e da Record.Daniella Cicarelli será a principal atração do domingo --conforme *.::Tv e Audiencia::.* antecipou-- e provavelmente vai disputar o mesmo público de Eliana Dedinhos, na Record.Boris Casoy, em telejornal diário das 13h às 13h30 (em São Paulo, até as 14h), vai trazer credibilidade e amplitude noticiosa para o horário, que hoje tem somente um insosso "São Paulo Acontece".A emissora também contratou um "cérebro", a física nuclear e apresentadora Rosana Hermann, tirada da equipe de criação do "Pânico". Seu primeiro objetivo deverá ser chacoalhar o modorrento "Atualíssima", que hoje chega a dar traço em alguns momentos.Não é surpreendente: trata-se de uma atração baseada só em merchandisings "de segunda" e fofocas "de quinta".Vamos ver até onde a "revolução" vai.
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